quinta-feira, 30 de outubro de 2008

DISCURSO DE ENCERRAMENTO DA CAMPANHA PROFERIDA POR LEONEL SAMBÉ

Exma. Senhora 1ª dama;
Exma. Directora Comercial da Emprofac
Exmo. Senhor Coronel

Senhoras e senhores presentes

Permitam-me em nome da comunidade Guineense e em meu próprio expressar a nossa mais profunda gratidão a:

Emprofac (404.404,83 em medicamentos);
CVT-Telecom (100.000,00 CVE)
Cruz Vermelha de Cabo Verde (100.000,00 CVE)

Falta-nos palavras para qualificar este solidário e louvável gesto humanitário vem cimentando assim a boa relação de entreajuda que existe entre nossos dois povos, realçando uma vez o importante papel social que sempre têm desempenhado estas instituições em situações de género.

A ASGUI - Associação dos Guineenses Residentes em Cabo Verde em representação de toda comunidade guineense e a Cruz Vermelha de Cabo Verde, aproveita este acto para anunciar oficialmente a sociedade cabo-verdiana o fim da campanha e agradece a todos aqueles que comovidos pelo sofrimento do povo guineense responderam ao nosso apelo fazendo com que esta louvável iniciativa de carácter social e humanitária seja hoje uma realidade, tendo a comissão organizadora arrecadado quase três toneladas de materiais diversos avaliados em 731.557,00 CVE equivalente a €6.611,00

Dos materiais recolhidos se destaca 4.360 unidades de soros e sistemas; 760 litros de criolinas e lixívia; 6.000 unidades de sais de rehidratação oral; 40 lençóis e mais de 1.700 unidades de medicamentos diversos como Vitamina C, Amoxiciclina e Doxiciclina etc…

Não podíamos de maneira nenhuma, deixar de expressar a nossa satisfação pelo resultado obtido e agradecer publicamente aos doadores como:

Emprofac – Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos, SARL
TACV – Cabo Verde Air lines
CVT - Cabo Verde Telecom, SA
BCA – Agência Stª Catarina
Cruz Vermelha de Cabo Verde
Hotel Avenida
Laboratórios Inpharma, SA
Escola Técnica de Stª Catarina
Embaixada do Brasil em Cabo Verde
Transzeca
Fundação Infância Feliz
Padaria Arminda

... e muitas outras entidades assim como pessoas singulares que duma forma solidária deram o seu apoio em prol de salvar uma vida.

Satisfeito do árduo trabalho realizado, esta comissão garante aos doadores que não descansará enquanto o donativo não chegar ao seu destino final que é de salvar vidas aos vítimas desta epidemia que ainda faz sofrer a nossa população.

Encerramento da Campanha

A campanha de apoio a combate à Cólera na Guiné-Bissau teve hoje o seu encerramento oficial. Estiveram presentes no acto a Patrocinadora Oficial da campanha - a 1ª Dama de Cabo Verde, Sua Excia. Sr.ª Adélcia Pires, a Directora Comercial da Emprofac, Drª Simone Faria, o 2º Vice-presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, Coronel Amílcar, o Presidente da ASGUI – Associação dos Guineenses Residentes em Cabo Verde e Coordenador da Campanha, o Eng. Lionel Sambé, entre outras outras individualidades.
Na presença da comunicação social o mote do discurso recaiu sobre os elogios à iniciativa e exortações à sociedade cabo-verdiana no sentido de se continuar a apoiar o povo guineense de modo a ultrapassar esta terrível epidemia.
O coordenador da campanha, Leonel sambé, na sua intervençaõ á comunicação social, para alem de proferir algumas palavras de agradecimento ao povo cabo-verdiano pelo apoio concedido, prometeu ainda não descansar até a entrega dos materiais aos devidos destinatários.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Epidemia de cólera é quase inaceitável, diz a CPLP

O novo secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que efectua uma visita oficial ao Brasil, considerou hoje "quase inaceitável" a epidemia de cólera na Guiné-Bissau, que já provocou 198 mortos desde Maio. "Eu digo quase porque estou a tratar de um Estado soberano, independente. Longe de mim a intenção de imiscuir em questões que são internas. Mas, quando um país como a Guiné tem problemas de cólera, isso tem que ser visto como um problema de nós todos", afirmou à agência Lusa Domingos Simões, que é guineense. Domingos Simões defendeu a mobilização de todos os membros da CPLP para fazer face ao problema.
"Temos que nos mobilizar para identificar o que está mal e o que pode ser feito", referiu, admitindo que o tema será tratado hoje durante o seu encontro com o ministro da Saúde brasileiro, José Gomes Temporão. "Não queremos assumir a competência de substituir os Estados e dizer o que eles têm que fazer. Mas, como sabemos que as autoridades guineenses estão preocupadas, julgamos perfeitamente normal levar o problema aos outros Estados e pedir que nos mobilizemos", explicou. Na avaliação de Domingos Simões, quando em 2008 se continua a falar em epidemia de cólera, paludismo ou taxas de mortalidade extremamente elevadas por causa da desnutrição dentro da CPLP, muitas questões devem ser levantadas. "Uma epidemia de cólera não devia estar a acontecer nos nossos Estados. Isto preocupa-me não só como guineense, mas como cidadão da CPLP.
E é perfeitamente normal questionar se isso é do fórum exclusivamente sanitário, medicinal. Eu penso que não, é também do domínio social", ressaltou. Domingos Simões, que cumpre uma extensa agenda em Brasília, reúne-se hoje também com os ministros brasileiros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e da Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende. O secretário-executivo da CPLP já esteve em São Paulo e Salvador, onde visitou diversas universidades, museus e manteve contactos com autoridades locais, e segue hoje para o Rio de Janeiro, estando o regresso a Lisboa previsto para o próximo dia 25. A CPLP reúne Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Cólera mata mais 21 pessoas nos últimos seis dias

Nos últimos seis dias morreram 21 pessoas de cólera na Guiné-Bissau, elevando o número de mortos para 178, segundo dados divulgados hoje pela Direcção de Higiene e Epidemiologia do país. O número de pessoas contagiadas com a doença também continua a aumentar, sendo actualmente de 9843, contra os 8645 contabilizados na última terça-feira, quando havia registo de 157 mortes. Segundo os dados da Direcção de Higiene e Epidemiologia guineense, a região de Bissau continua a ser a mais afectada pela epidemia com 60 mortos e 6739 casos de infecção registados.

A região de Biombo mantém o segundo lugar em número de infecções, com 1320 casos, e Quinará, no sul do país, é onde se registam mais mortos, 28, a seguir a Bissau. A epidemia de cólera, considerada já fora de controlo por vários especialistas, que atinge a Guiné-Bissau desde Maio passado, com o início da época das chuvas, começou após algumas pessoas terem participado num funeral na Guiné-Conacri, onde aquela doença é endémica.


As autoridades guineenses têm afirmado que a doença só vai atenuar com o fim da época das chuvas, o que deve ocorrer durante este mês. De acordo com os dados da Direcção de Higiene e Epidemiologia, desde o início da epidemia de cólera, o período compreendido entre 22 de Setembro e 05 de Outubro foi o que registou maior número de novas infecções.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Cólera na Guiné Bissau faz mais vítimas, desde sexta-feira

O número de mortos provocados pela cólera na Guiné-Bissau continua a aumentar e desde sexta-feira morreram mais 16 pessoas, elevando o total para 157, segundo dados divulgados hoje pela Direcção de Higiene e Epidemiologia do país. O número de pessoas que foram contagiadas com a doença também continua a aumentar, sendo actualmente de 8.645 pessoas, contra as 7.823 registadas na última sexta-feira.
Na tabela de dados sobre as regiões do país, a capital guineense mantém a liderança das mais afectadas, com 45 mortos e 5.895 casos de contaminação. A região de Biombo (litoral centro) ocupa o segundo lugar em contaminações, com 1.060 casos registados, mas a seguir a Bissau é na região de Quinara (sul), onde se regista maior número de mortos, com 26 óbitos.
Considerada fora de controlo por vários especialistas, a epidemia de cólera que atinge a Guiné-Bissau desde Maio passado, com o início da época das chuvas no sul do país, começou após alguns guineenses terem participado num funeral na Guiné-Conacri, onde aquela doença é endémica. As autoridades guineenses têm afirmado que a epidemia só vai atenuar com o fim da época das chuvas, em Outubro.